quinta-feira, 26 de março de 2009

O início feminino



O início feminino é sempre algo ímpar. O início de um estrago no shopping depois de um término de namoro. O começo de um namoro, que dá graça até no sorvete que o amado derrama pelos cantos da boca, tudo, tudo, tudo. O início de um texto escrito por uma mulher sobre os inícios femininos (quanta redundância!).

Então, a única grande verdade sobre os inícios femininos é a seguinte: nunca é fácil. A gente pensa mil vezes antes de entrar na loja com a amiga que foi comprar. Isso porque a gente não queria comprar. Ela queria. Mas a gente termina comprando também. A gente pensa mil vezes antes de entrar naquele curso de bordado romano ao avesso ou de pintura em vitrais do século passado só porque um dia a gente pode precisar. Mil vezes antes de botar o primeiro pé para fora de casa naquele primeiro encontro. Só Deus é quem sabe do medo de olhar no espelho depois de experimentar aquele vestido que você tem certeza que te engordou. O medo da balança: subir nela até que não aterroriza tanto, ruim mesmo é a hora de olhar os números ali, que nunca (ou quase nunca, no caso de balanças desreguladas) mentem.

O que dizer então do início da dieta? A hora de passar direto pela Mc Donald´s, a tristeza que dá no coração de não poder comer um Whooper na Burger King. A verdade é que, bons ou ruins, a gente não vive sem os inícios, porque sem eles, não haveria nunca aquela hora boa em que a gente enfim se acostuma a viver tranqüilamente no que a gente já conhece. E se o que a gente conhece não satisfaz, então a gente pode recomeçar, ir de volta ao início para jogar os dados de novo e ver no que dá.

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